As duas caras da mesma moeda.



Aprendi que o amor não é tudo.
Amor pode ser bom. E mau. Pode quebrar os nossos ossos, a nossa alma, o nosso coração, cada parte e ser do nosso corpo durante anos, rasgar a nossa essência, a nossa vida, acabar com os sonhos, mantê-los longes e num sítio cheio de sentimentos impiedosos, durante meses. E pode curar-te de uma ferida longa e árdua, em míseros segundos.
O amor pode ser frio, até congelar o teu peito e todos os membros à volta. Pode ser áspero e picar como uma silva. Pode marcar tanto como uma tatuagem e mesmo assim doer, doer, por muitos e longos meses, mas aí, logo de seguida, sem quê nem porquê, pode amassar-te todas as sequelas, continuar a amarrota-las e jogá-las fora. Como se a vida não tivesse quase acabado e o tempo não tivesse quase desvanecido e te tivesses curado como um transplante de sangue. O amor pode ser os dois versos, as duas caras da mesma moeda. Pode ser a ferida, a paixão, a dor, a solidão, o entusiasmo  a rejeição, a luta constante, o carpido, o grito, as lágrimas, a emoção, a despedida, a volta e ainda a conquista. Pode ser a saudade! Ai a saudade.
O amor não é tudo, não! Tudo podia ser o que a pessoa devia dar de si, desde o início que se responsabiliza, compromete, empenha, sujeita, numa relação. Uma relação podia ser tudo, se as juras de amor fossem verdadeiras, se não houvesse mentiras, traições, afastamentos.
Não, não me julguem, simplesmente, uma descrente do amor. Ou das pessoas. Não.
Um dia pensei ter o amor da minha vida aos meus pés e levei com um balde de água gelada, que me congelou sentimentos, emoções e sonhos. Andar com os pés bem assentes na terra é fantástico e isso pode trazer-nos imensas coisas boas, tal como a sensibilidade e intuição para realmente perceber quando as coisas estão mal, e também para saber o que se deve fazer ou não pelos outros, dando tudo de nós.

You know I still do!

15 comentários:

Rosie disse...

Perdi a minha melhor amiga, perdi aqueles cinco anos que pensei que fossem apenas o inicio de toda uma eternidade. Mas não, agora estamos de costas voltas, ou melhor, tenho-a de costas voltadas para mim e o pior, é que os motivos que ela me apresenta, não são motivos suficientes que a fizessem arranjar todos os sentimentos verdadeiros que ela dizia nutrir por mim. Ela disse-me que de mim agora só tinha respeito e eu, continuo a ama-la, tanto quanto antes, tanto quanto ninguém imagina. Continuo aqui, a lamentar-me por a perda dela, a chorar dia e noite, por não a ter.
Dei a conhecer a história toda, a minha versão e a versão dela, claro, não tornei publico ao mundo, apenas àqueles mas chegados que conhecem ambas. E a verdade é que ninguém entende.

Querida Emily,
penso que vou ter que ser obrigada a discordar de umas palavras que usaste logo no inicio. A teu ver, a felicidade não existe, vai e volta.
E se te disser que não existe caminho para a felicidade? Se te disser que não existe nada que possas fazer para encontrar um caminho que te leve à verdadeira felicidade tu ponderas? Passo a explicar o meu ponto de vista.
De facto não existe um caminho para a felicidade. Esta, é de si, o único caminho que existe. Estás nele desde que nasceste, é nele que tens estado estes anos todos até infelizmente deixares de estar. Tudo o resto, mágoas, dor, sofrimentos, angustias, arrependimentos, amarguras e outras coisas mais, são túneis, sítios escuros, túneis esses que fazem parte do caminho da felicidade. Porque se não fosse a existência destes, nunca saberíamos dar o verdadeiro valor a uma pura gargalhada nem a um puro sorriso. As nossas infelicidades são apenas pedras, pedrinhas essas que se cruzam então no único caminho que existe, o da felicidade.

Com amor,
Rosie ♥♥

AlexandraPaixão disse...

Gostei.

Carolina Silva disse...

Mas que grande verdade :)

Anónimo disse...

ora aqui está um post com o qual concordo imenso. Só acrescentaria mais uma coisa ao último parágrafo, é que andar com os pés bem assentes na terra pode eventualmente levar-te ao verdadeiro amor da tua vida, aquele que existe e está guardado para ti...huummmmm

:)

Outra Maria disse...

o amor é dar e receber... mas tudo numa dose q.b. pois quem dá muito recebe pouco e quando nao se dá nada recebes tudo... é um facto e ja passei por isso.

beijinho linda, tem um bom dia

Joana disse...

mais uma vez gostei do teu texto.
mas eu pelo contrário acredito no amor, por muito que doa.

Bruna disse...

Uma vez vi (não sei se foi numa série ou num filme) a frase: «Tens de investir numa relação como quem investe num emprego».

Ana Rita Oliveira disse...

Pois não, não é fácil.

Margarida Carvalho disse...

uma vez mais concordo com as tuas palavras e apreciei bastante o texto, está lindo :) *

Margarida Carvalho disse...

sim, agora está tudo bem, obrigada :) igualmente um bom dia para ti *

Let's jazz, let´s live disse...

"Amar não chega", vá esta é minha ;)
Mas apesar disso é bom viver as coisas intensamente, com todo o amor, com toda a paixão, com toda a dor, com tudo!!

B! disse...

O último parágrafo é divinal ;)

Miguel disse...

muito bom!

Unknown disse...

andar com os pés bem assentes na terra torna-nos pessoas melhores, ensina-nos a reflectir e a ponderar, e a aprender a perdoar, muitas vezes a gostar ou a amar, o que torna tudo mais simples, muito menos doloroso

Cat G. disse...

o amor não é tudo, é bom quando tudo é bonito, mas quando deixa de o ser é um problema